E se a Terra tivesse os anéis de Saturno?

sábado, 29 de agosto de 2015

Temos a sorte de nosso planeta ter uma lua grande em órbita não muito distante, o que torna as noites muitos bonitas. Contudo, o céu seria muito mais espetacular se nosso planeta tivesse um sistema de anéis como o de Saturno.


Em 1848, o matemático francês Edouard Roche calculou que, se um grande satélite se aproximar muito de um planeta, ele  seria dilacerado pela força gravitacional do planeta, uma vez que uma lua tende a ser muito menor. Cada planeta tem o que é chamado limite de Roche, e os anéis de Saturno estão inteiramente dentro desse limite. Quanto maior é um planeta, maior é sua gravidade, e quanto maior é a gravidade, maior é o limite de Roche.

Alguns astrônomos acreditam que os anéis de Saturno são o material que não foi capaz de formar uma lua porque se encontrava dentro do limite de Roche do planeta. A atração gravitacional de Saturno evita que partículas se aglomerem para formar uma lua. Outra teoria sugere que há dezenas de milhões de anos atrás, na época que os dinossauros vagavam pela Terra, Saturno não possuía anéis. Estes se formaram quando uma ou mais luas foram atraídas pela força gravitacional do planeta, o que teria despedaçado os satélites em minúsculas partículas que formam os anéis hoje.


Qualquer um desses cenários poderia ter produzido um sistema de anéis ao redor de nosso planeta. Pouco importa, pois se perguntar como a Terra seria se tivesse anéis é apenas um exercício de imaginação.


Veja abaixo algumas ilustrações retratando o céu da Terra se esta tivesse anéis como o de Saturno:




Se você estiver olhando no mesmo plano dos anéis (em regiões equatoriais), tudo o que você veria seria uma linha brilhante vertical no céu. Abaixo estão os anéis vistos a partir de Quito, no Equador.




Se você viajar um pouco e for para a Guatemala, os anéis passariam a se espalhar pelo céu, iluminando o lado escuro da Lua, devido ao aumento da luz solar sendo refletida pelos anéis.



 Movendo-se para a Polinésia, ou algum ponto do Trópico de Capricórnio, um panorama de 180º nos dá uma ideia da magnífica vista dos anéis. A forma oval no meio do anel é a sombra da Terra. A borda da sombra é tingida com um tom alaranjado devido a passagem da luz solar pela atmosfera do planeta.




 Aqui temos a visão de Washington (EUA)



No Círculo Polar Ártico, os anéis mal chegam acima do horizonte. Visto de Nome, no Alasca, os anéis brilhantes iluminam a paisagem árida pouco mais do que uma lua cheia. Ao contrário do sol ou da lua, no entanto, os anéis estão sempre visíveis, dia ou noite, sempre exatamente no mesmo lugar.

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